15 setembro, 2008

Infiel à fidelidade


Imensidão de amor
Dor dessa devoção

Quando as palavras nos deixam,
a alma, que precisa expressar a dor,
o amor, as pequenas felicidades,
fica prisioneira,
não do escuro,
que ela brilha,
mas do silêncio...
um silêncio duro,
bruto, que aferrolha.

Já, os versos, todos, fingem,
porque representam.
E, se assim o fazem,
não são exatamente
o que afirmam do ser,
talvez ainda resulte,
para imensa dor,
fiquem do que dizem aquém .

Quem não quer então tal fidelidade?
Quem ousará pedir então tal infidelidade?
E se não a tem, há de sonhar-te infiel!

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