04 setembro, 2015

Que horror! Clame, reclame por mais amor


Um menino refugiado, afogado. jaz na areia
outras tantas crianças a perambular ruas
- ainda renitentemente vivas, quase nuas -
insolentes em exibir nas calçadas às pessoas
que passam a miséria crua.


Ao nosso lado inteira está a dor do menino afogado.
Os de cima nos querem calados, 
inertes, apenas condoídos com a tragédia
- sim, tragédia, ainda que urdida pelo tope além mar,
Há aqui, como há lá, milhares de crianças para amar.

Um menino refugiado, afogado. jaz na areia
outras tantas crianças a perambular ruas
- ainda renitentemente vivas, quase nuas -
insolentes em exibir nas calçadas às pessoas
que passam a miséria crua.

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