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03 janeiro, 2013

VELADA FANTASIA DO AMOR

O peso de sobre os ombros
quedou-se-me em escombros
de um tudo tornado um nada.

Tormenta então serenada,
me reencontro a pessoa
deixada, mesma e transformada.

Sou quem mais gosta de mim,
ainda, e mais ainda será assim
por razões que o mundo me dá.

Minha fortaleza é o amor,
não a quimera desconexa,
nem a ronda falsa da morte.

Resulta que é uma boa sorte:
livra-me de sofrimentos mais,
afasta-me da incerta quimera,
dos caprichos da hora incerta,
da fantasia de um cais seguro.

Essa nau que me navegava
por tormentas e bravio mar
é mais pesadelo que sonho
canto amuado de sereias,
gemido forjado em estanho.

Cerzida de areia e maresia,
velada, tosca, torpe epifania:
a fantasia do grande amor
na primeira vaga esboroou.

14 fevereiro, 2010

Epifania

na teia, sem peias

Na liturgia latina é poesia
Insculpe-se-a até no ferro
Torna todo acerto um erro
Funda ferida no coração
Breve, sim, como foi feliz
Eterna é como é saudade
Profunda e rija, então
É dor uma metade
Outra metade amor
Nem se a pense vazia

14 outubro, 2009

epifania de versos

inverso arremedo tosco
do mero alvoroço
vomição sem almoço
náusea indesejada
danada companhia
palavras pós palavras
ocas, vazias, fantasiadas
lavradio ressecado vadio
desarrazoado emudecido
moribundo amor tecido
amar teria querido
fundo calou, não voltou
nem tão embevecido
nem havia bebido afogueado
afogado, mutilado, descoroçoado
o coração no peito apertado
ou na mão ensanguentada
chutando latas ou não
cão danado sem perdão

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