02 abril, 2009

É roto o veludo

Moído
decaído
condoído

costurado
melhorado
descosido

molhado
considerado
descozido

feijão em lata
batata-palha
astronauta em baixa

Quedado espaço de dentro
Fixado arretado na retina
gelatina liquefeita apurada

montadoras mendigando bilhões
caixas burras, casas operárias
a vida feita na areia furungada

frouxos, os tontos variados
na baixa, arrotado veludo roto
demostradas nuas as nádegas

Pândegos, faunos as flâmulas
das defraudações desfraldadas
crianças apontando reis pelados

Não chore por nós que amamos.
Chore, se quiser, pelos danos
dos que se fingem de humanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário no post. Seu retorno ajuda a melhorar a qualidade do meu trabalho.
Se você não é inscrito no blogger, clique em anônimo e deixe um nome ou endereço para contato.

Twitter Updates

    follow me on Twitter