27 agosto, 2009

Com a licença poética necessária, porque é dureza e os tempos são bicudos

No jogo das circunstâncias, os que se supõe eternos e infalíveis, costumam reduzir-se aos apelos do fugaz, do escasso e irrisório poder.
Vendem tudo de precioso e conquistas que a caminhada lhes emprestara, seja por méritos seja porque lhes caíra ao colo.
Vendem, portanto, o que não é deles.
O caso de Porto Alegre é exemplar.
Um atual diretor, engenheiro sindicalista ex-reformista, hoje sem programa algum, está dirigente de uma gestão de alianças múltiplas.
Conveniente aliança para romper com a democracia arduamente conquistada pelos trabalhadores em movimento consciente, um antigo programa também por ele gritado, quando ainda um jovem ardoroso em confrontos democráticos no meio sindical.
A eleição direta de um diretor administrativo por parte da categoria a um seu órgão de representação sempre foi uma conquista buscada, acalentada pelos trabalhadores que aceitaram as contigências dos conselhos paritários de gestão.
O atual diretor desfez os próprios passos, assumiu para si a voracidade do caixa geral sobre os cofres do instituto de aposentadoria e pensões dos trabalhadores públicos municipais.
Não, não vendeu a alma ao diabo, o diretor, agora menos ardoroso, menos jovem e muito imediatista... porque, sabe ele, sabemos nós, o diabo não existe.

27/08/2009 | Correio do Povo | Geral | p. 10
Previmpa: passa emenda
Encerrou-se ontem a votação do projeto de lei complementar do Executivo 4471 na Câmara Municipal de Porto Alegre. A maioria dos artigos tem o objetivo de adequar a lei municipal que criou o Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos de Porto Alegre (Previmpa) às reformas constitucionais empreendidas entre 2003 e 2004. O projeto disciplina o regime próprio dos servidores. Foi aprovada a emenda que institui a nomeação do diretor financeiro e do diretor previdenciário pelo diretor-geral, uma das mais polêmicas. Antes, o regimento previa a eleição desses dirigentes pelo conselho administrativo do Previmpa, composto de dez representantes da prefeitura e dez dos municipários.

A emenda que previa modificações na composição do Conselho foi retirada pelo presidente do Previmpa, Luiz Fernando Rigotti.

Para ele, apesar das divergências, ganharam os regimes próprios de previdência do município. "O Previmpa dará um salto de qualidade. Com essa aprovação, passaremos a exigir qualificação técnica dos dirigentes, profissionalizando a gestão", disse.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Municipários, Mário Fernando da Silva, algumas emendas "ferem" a democracia e a entidade exigirá a retirada da emenda sobre a nomeação dos diretores financeiro e previdenciário.

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