23 dezembro, 2009

Sim queira muitas felicidades e tenha mais do que queiras, amor

Adroaldo Bauer · Porto Alegre (RS) · 31/12/2007 11:39

Um momento, como é a vida fugaz,
é tanto eterno e belo por ele e por quem o perceba singelo.
A intensa paixão, o amor sublime,
que dos amantes faz o paraíso,
não pede licença para ser
e nos renasce quando acontece.

Quem de fora nos percebe,
nos vê canção e rosa em águas plácidas, no entanto,
tal a energia do encanto.

Se acaba o amor, se a paixão se esvai,
fica o pesar, o lamento tanto.
O tormento da solidão a embalar noites e dias,
tempestades e calmarias.
É angústia que não se acaba, parece.

Em redemoinho o pensamento,
a viagem um tormento.
Não nos salva nem a prece.

As noites são pedras de breu.
A morte ronda, espreita.
Pesadelos recolhem a crueldade do mundo.
Nem estrelas, nem luares; soturnos pesares.
O mundo desaba lá fora. A energia,
por dentro lenta, se acaba com o dia.

A fuga na tropelia da hora não encontra a alegria.
É possível a transformação, no entanto.
A superação que cessa o pranto.
A emoção que muda por dentro,
um mergulho na razão.

O amanhecer nos dirá sim outra vez.
A vida pode renascer feliz.
É uma questão de tempo, talvez.
E também de merecer.

De nos encontramos com a outra pessoa além de nós.
De pensar que o mundo muda por esse agir.
Por dar e receber amor, também.
Razão de nossa paixão e porvir.

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