13 fevereiro, 2010

Fiasco da sonorização massacra o desfile da União da Vila do IAPI

fotos Adroaldo Bauer Corrêa

Chiquinho, de vermelho, comanda impecável a Bateria da União da Vila, que resistiu ao fiasco
do péssimo serviço de sonorização.


A Bateria de Mestre Chiquinho da União da Vila do IAPI já estava no casulo há bem 20 minutos dando belo espetáculo de execução instrumental e visual.

Caubi liderou perfeito a harmonia até sem amplificação do som

O cantor Caubi liderava empolgado a correta Harmonia, respondia em qualidade a apresentação primorosa da tradicional azul vermelho e branco...
O som do caminhão que sustenta vozes, cavaquinhos e violões e serve de retorno a desfilantes, aos músicos e ao diretor de bateria desaparece.

Chiquinho estranha, olha indignado, tomado por justa ira, na direção dos técnicos da Empresa Impacto, a responsável pelo som da Avenida.
Caubi e seus apoiadores da harmonia continuam executando o samba-enredo, mesmo sem amplificação do som, a escola continua a evoluir empolgante, num desfile agora movido também pela raiva, além da alegria e da garra dos sambistas da União da Vila.
Passam-se lamentáveis 20 minutos ou mais de corre-corre desarvorado de técnicos que `não conseguem repor o som do caminhão até que chega um deles correndo, esbaforido trazendo em mãos uma peça para substituição, um processador informatizado que gerencia um conjunto de outros módulos da sonorização retirado do segundo veículo que a empresa disponibilizou para atender o serviço contratado.
Volta o som do retorno.
Cai o som de retorno novamente.
Retorna o som, sem modulação.
Apitam os instrumentos.
Cai o som novamente.
Dirigentes da escola cobram dos responsáveis, no ato e ao final do desfile.
Alguns chegam às chamadas vias de fato com os técnicos.
Da experiência que tenho de acompanhar carnaval em Porto Alegre, esse episódio revelou cruel amadorismo e interesse burocrático dos funcionários da empresa com a qualidade artítisca desse nosso importante programa da cultura popular.
Alguns técnicos perguntados sobre o ocorrido, ou por defesa ou por convicção, se armaram dum sorriso de escárnio para respostas que não deram.
No reservado da empresa, lotado, uma jovem me diz convicta que qualquer dos técnicos podia responder pela empresa.
O desprezo e o despreparo se aliaram dramaticamente para enterrar a apresentação da União da Vila do IAPI. Deveras, um grosseiro impacto.
Sempre corre a versão de que é coisa encomendada.
Prefiro acreditar que é incapacidade e falta de conhecimento do ofício, tal a duração prolongada da ocorrência, a falta de responsável interlocutor para dizer algo em nome da empresa, a desconsideração com os artistas e o povo que os está pagando regiamente.
Numa frase: o serviço de sonorização da Impacto prestado à União da Vila do IAPI foi um fiasco!


http://coisaegente.retornoimperfeiti.com.br

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