18 fevereiro, 2010

O dia do descanso de Deus alcança 144 novos leitores



Estou numa felicidade só.

Desde fins de outubro disponibilizei em pontopdf e mais recentemente em pontodoc a versão eletrônica de minha primeira novela O dia do descanso de Deus. Grátis.

Tenho, hoje, 144 novos leitores interessados no texto que tinha esgotada a edição impressa de 1mil exemplares em janeiro do ano passado. A novela fora lançada em 31 de maio de 2007.

Edição do autor, cumpriu curiosa trajetória.

Vendeu em livrarias e nas feiras do livro de Porto Alegre e São Leopoldo pouco mais de 100 exemplares. Antecipadamente, vendera 150 exemplares a apoiadores, que chamei padrinhos da publicação. Mais uma centena em três sessões de autógrafos, a de lançamento, uma outra em Porto Alegre e a terceira em São Leo.

O segundo ambiente que mais aproximou leitores da novela e deste autor então estreante foi o programa Conversa com a pessoa que lê, em que apresentava brevemente o processo de criação da história e batíamos um papo descontraído com os interessados, muitos também escritores de poemas, crônicas pra revistas de bairro, poetas e contistas ainda de gavetas.

O que mais insisti com o pessoal é que publicassem, mesmo na internet, em blogs, sítios de cultura como o Overmundo, o Recanto das Letras, o Portal Literal, aqui nesse meu blog, o Retorno Imperfeito, em que me dispunho a postar o que de bom me enviem.

O primeiro ambiente a aproximar mais leitores, antes absolutamente desconhecidos meus e eu deles, hoje muitos grandes amigos e conselheiros, como as colegas jornalistas e poetas Cida Almeida, de Goiânia, e Cintia Thomé, de Campinas, que também publicaram no período; a professora Ize Oswald, uma principal incentivadora minha, que inclusive resenhou a novela para o Overmundo, em meio a todos fazeres de coordenadora de mestrados da UERJ; Dora Nascimento, amiga itinerante, quase tão nômade na rede quanto as tribos de índios que ajuda a formar e recuperar a identidade visual; o músico, cineasta, dramaturgo, escritor, poeta, compositor e amigo grande, José do Spírito Santo, do Rio de Janeiro e do Mundo, um desafiador e propositor de dilemas a solver e de identidades a revelar, nosssa, de negros, da Francinne Amarante, poeta maior e tocadora audaz do Balaio Cultural em Brasília, em São Paulo, no mundo todo.

Nesse primeiro ambiente, a Internet, recebi o carinho de tantos leitores novos estimulados pelos instigantes postados da minha cria Juliaura, como Saramar, Cris Pingarrilho, Poeta Jorge Henrique, Lili Beth, entre muitas outras pessoas queridas.

A todas muito agradecido estou. Façamos da rede a grande gaveta universal dos textos nossos de cada dia, nossa impressões sobre o mundo com o que nos vai nos corações e mentes.




Vou decidido para a publicação da segunda novela: 666 O Império Bandido, também uma edição do autor, confiante que aprendi a contar uma história. Muito mais cauteloso no processo de construção dela pelos bons conselhos bem recebidos das pessoas que comentaram comigo o primeiro texto.

Será também um novela (um romance), mais drama que tragédia, sobre como o poder dos traficantes de todas as drogas constitui-se pararelo ou mesmo sobre a ordem essa que vivemos na sociedade.

Aliás, diga-se em homenagem à realidade, ordem essa iníqua e tão violenta e excludente como a gerada por ela através da indústria internacional do tráfico, pelo que se faz a guerra no Afeganistão, se mantém o estatus de autonomia periclitante da Cachemira, formam-se governos títeres no Paquistão e na Colômbia.

Papoula em flor e folhas de coca juntam-se às lavouras de canabis e aos sintéticos de laboratório, envolvendo as gentes. Nada se planta ou sintetiza nos morros e favelas do mundo, mas tudo circula por lá, no caldo de cultura da miséria social, pra distribuir aos que dirigem os carros do ano que vem, a maioria já blindados, e nas festas de cobertura monitoradas por segurança privada, camarotes de festas de graúdos, reivis de juventude alucinada e sem causa, hedonismo à flor da pele, festivais planetários de quaisquer gêneros.

Vendem aí tanto quanto já vendem água em garrafa plástica, mais caro que leite.

Essa novela não vai dar o que falar, porque não entrará no circuito da midia da literatura de fama. Não só porque não tem editor, mas pelo que descreverá a história, que traz também uns relances da Operação Condor, o conluio da súcia clandestina policial-militar para a repressão dos inimigos internos em países sul-americanos submetidos à hegemonia estadunidense. Tais assuntos não interessam de modo algum aos do poder secular, hoje mantido pela propriedade dos meios de produção e de reprodução ideológica.

Espero, no entanto, ter abordado um tema do cotidiano com alguma arte e engenho.

Se tudo vai bem como vem ocorrendo, em abril teremos o livro.

Agradecido a todas as pessoas que vem se aproximando carinhosamente da minha prosa e outros escritos meus. Tentarei sempre retribuir o que de gentileza tenho recebido, com muito amor.

Terno abraço.

Adroaldo Bauer

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