Mostrando postagens com marcador poemethos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poemethos. Mostrar todas as postagens

25 janeiro, 2013

CONVERSAS FRANCAS SOBRE O AMOR




I
Burro!
Eram ciúmes de um retrato,
incomodava ter ciúmes assim
há quem pense diferente.
um burro é um burro,
será sempre um burro,
jamais uma girafa,
em qualquer sentido de fato.

II
Diz que não te amo, mulher sem medos!
Temes que me ames e te ame "também".
Acabo de me apaixonar por outra pessoa
e, juro, não sou eu essa pessoa outra.

III
Amo quem briga por suas acreditanças,
por sonhos, que choram, que vivem,
não sou quem conquista, mas quem ama
- Que diabo, isso parece mais um quiabo,
um coração vadio, um avulso, um vagamundo!

IV
- não nasci pra enganar, não vivo o amanhã.
- peixe liso,  sem escamas
- Sou do mundo, desde há muito...
E não me encabula isso.
E... sim... acredita! Amo-te tanto


V
Amo-te como poucas já amei.
Muito, muito, muito poucas.
E não estou pra conversa fiada...
não troco amizade por nada.
nem por romance de meia beirada
...
- Saquei primeiro!
...
- Você não muda...
...
- Ficas muda...
...

VI
Pra minha alegria, me contento,
sou teu amigo e o mesmo...
náufrago de arrebatamentos


E sendo assim me queres só pra ti!
Afasto-me por nossas diferenças,
pela distância, tanta, e muda ficas.

Sou aquele que vela por ti,
bebe as velas das paixões apagadas
te quer ver feliz como queiras ser...

Quem não te recusa um abraço,
um beijo, pelo prazer de estar contigo...
mais que teu amor, sou teu amigo.

VII
- estou há muito resolvido:
desde paz, amor e flor,
sou do mundo, sou do amor.

Não espero o mesmo de ti...
Que não viveu ainda o que vivi

Posso te amar sem restrições
isso em mim é incondicional,
não podes me querer mal

Não imponho a ninguém condições,
amada amiga, mais ainda querida...
apenas amo... e tanto me satisfaz.
Mesmo que isso encerre contradições
Onde vás, bonsucesso te desejo, venças
e, se puderes, sempre me queira bem...

...

1
Pessoas com quem me relaciono, sérias...
riem demasiado disso tudo, sim.
Só tenho amor, ele existe em minha vida,
se assim vou ao final dos meus dias,
como só a vontade nos responderia?

2
O mundo gira um coração vadio.
Gira e arrasta no profundo vazio
a única vida que tenho pra viver,
sem mais pretender me aceitem
ou impor a outrem modo de ser.

3
O que vai acontecer amanhã?
Não vivo no futuro... Vivesse lá,
não mais estaria aqui presente.

Não te quero cativar, senhora,
não planejo contra o que penso,
desenganos desaprendi muito cedo.

4
O que é verdade, ou mentira assim?
Falar apenas que és bela, como és;
que és afeiçoada, como és;
uma pessoa sincera, e és?
Só retribuo o carinho que tens por mim.

5
Esconder-me trás os versos desdenho.
Os que cometo desenham o que sou,
falam do que sinto, o que pressinto,
do que já muito quis, do que suponho.

6
Podem, mesmo, ser ruins; nem arte.
São o meu todo em público, enfim,
toda minha mais sensível parte.

22 outubro, 2012

poemetho errante

Detalhe de mural de Marihê

Sem razão qualquer de ser
a explicação do poema
nem sempre é só a dor, 
o sofrimento ou o lamento, 
nem só felicidade, sequer. 
Tampouco diz só do amor
da beleza, do aroma da flor
da lua, das estrelas, do mar.
Em tudo, essência, alimento é.
A razão do poema é ser.

19 maio, 2011

Mais um caderno da minha coletânea poemethos.
 São versos meus coletados de aqui e de acolá. Alguns até rimam.
Todos dizem do que senti. E muitos falam do amor. Estão publicados no meu perfil no Recanto das Letras.

30 agosto, 2010

Publicado o poemethos 15


Alguns versos meus de 2010, selecionados nos meses de julho e agosto, compõe o décimo-quinto caderno poemethos. 
Está à disposição Recanto das Letras
A maioria, se não todos, esteve já aqui no blog Retorno Imperfeito ou na rede, em algum outro sítio. 
Agora se reuniram pra fazer de conta que são... 
Então, são. 
Em, breve, poemethos 16.

02 fevereiro, 2010

Em nome do amor


tela de Mara Duarte




Vão acusar o poeta porque ama
E não reclama destes tempos
Foscos e insossos no poema
Vão perder a calma e a alma
Porque a lama infinita deixa gente aflita
Vão acusar de pueril, ingênuo e efêmero
O verso que não retrata o iníquo, o vil
Vão perder a calma porque a dor que há
Não veio à minha casa para tomar da flor o lugar
E ela, bela que se me faz desde onde está
Que floresce em nosso jardim
Resiste a tanta negação e disparate
Insiste em ser arte
Semântica insolente da vida
Que é bela desde o lodo
Que só agora é flor
Porque já foi semente
E é linda para os que amam
Prova de que mais se ama
Quanto mais amor existe
E, mesmo que saiba eu dos tempos
Miseráveis, violentos e tristes
De sonhos adiados,
Esquecidos
Engavetados ou traídos
Sabendo da exploração pela ganância
Não me convencerão de que não deva amar
Não deva cantar o amor
É com ele, que o trago no peito e na mirada
Que posso dar o que tenha para mudar
Em flores as dores que os de baixo sentimos
Para dizer às pessoas amigas
Que temos os mesmos inimigos
E que os venceremos cantando,
Caminhando com flores, sim,
E com o que mais necessário for
Em nome do amor

(da seleta poemethos 2, de 2008, publicada no Recanto das Letras)

22 setembro, 2008

contigo a meu lado

Ver-te
Deixa-me indeciso,
Quase creio no paraíso.
Penso, o coração cheio,
Sem queixa,
Foge-me o juízo.
Angústia
De, sem tê-la,
Perdê-la
...
Vidas?
Todas as vidas que tivesse
Viveria, se pudesse.
Desta forma:
Desconforme com a moda.
Incomodo?
...
Que se passa?
O tempo que passa
Tudo arrasta
Como as águas agitadas.
Que tempo passa
Se não deixa marcas
Como as longas caminhadas?
01.04.1991

Passou sexta
Que é festa
E feira
Que é cesta
Sobra fruta
Que é doce
Verdura
Que é sopa
Ou água
Mágoa na fervura
05.04.91

Vamos pôr em ordem
Apenas o bem
Que o mal vem
Por conta
Descontando
O que já tem
Vem você também!
Velejaremos por algures
Em busca dos amores
O sol, as estrelas outras.
A lua, amém.
08.11.92

16 setembro, 2008

Um amor que consome a alma

Esse amor tão fera
tanto dilacera que
consome a alma nas
chamas que venera

Correspondido, arma
de coragem a flama.
Negado, será bandido.

O coração despedaçado
A vida em passo trôpego
A jornada dum triste louco

Se muito, é sempre pouco
Se pouco, é quase nada.
Assim é que me consome.

Fiquei então sem muito mais
Um perfume de rosa na mão
Esse doído cravo no coração

07 setembro, 2008

Na praia, uma estrela do mar na areia

Ali na praia, há pouco,
Uma estrela no chão jazia
Era do mar
Penava de amor
Ali na areia, há muito,
O mar beija a praia incansável
Num vaivém secular, infindável.
O que dizer de meu pouco amor por ti
Que apenas quer uma curta vida a teu lado
Sim, a te amar, a te beijar, feito areia e mar.

Saudades do impossível amor

Hoje o sol não venceu as nuvens
Eu não venci a saudade de ti,
nem ontem ao sol

Hoje sonhei contigo, luz
Entre as folhas ao vento,
Algo, sussurrando, dizia-me de ti.

Do nosso impossível amor, assim.

Twitter Updates

    follow me on Twitter