22 setembro, 2009

Uma outra fuga




Hoje não saí de casa
Deixei-me ficar na escuridão
Junto a tanta coisa velha
Esparramada toda pelo chão
não corri atrás da sorte
nem percebi se a morte estava a esperar
Vultos altos e baixos
Não me assustaram apenas por olhar
Pra onde iria, se saísse sem ti
Pra onde ir, se tu não vens
Luzes altas, sombras baixas
Pintam cenas dos passos que não dei
Iluminam meus traços
Com sinais vermelhos
De uma travessia que não farei
Não a tenho para me levar pela mão
Arrancar-me desse chão, do chão
Pra onde iria se fosse sem ti
Porque já sei que não vens também
Por isso não vou mais, eu fico aqui.

______
Ouvindo Fuga Número II, dos Mutantes

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