31 agosto, 2007

Lembranças do teu perfume















(Foto F. Amarante)


O poema acordou-me do letargo
A vida sem sentidos mediana
Respirava o arcabouço sem recheio
O corpo no teu perfume naufragado
E por pouco não sou contigo apanhado

Abro os olhos e me reconheço abandonado
Inebriado estou, adormecido era
Embriagado fora carregado a alvorotado
Sono em que te enlaçava e morríamos
Novamente tu e eu de amor

Ressuscitado pelo poema
Sou novamente a saudade de ti
Virás com a nova noite, em devaneio
A nostalgia a me consumir inteiro
Melancolia em marasmo alarmante

Mortificado anticlímax do reencontro,
Consumou-se o escopo de tê-la amado


(Publicada em Overmundo - 29.08.2007)

2 comentários:

  1. Ai, o amor.
    Sou levada a crer que o ser humano nasce mesmo para isso.
    Sem ele nós ficamos secos, sem graça, murchinhos... como ele tudo é bonito e colorido.
    O amor é o motivo dos mais bonitos versos. Por sinal, parabéns pelos teus!

    Beijo.

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  2. Bina,
    as pessoas nascem também para o amor. se vence essa vertente é que o belo se instala nas almas e vidas das gentes.
    és muito gentil comigo em teus generosos comentários, por certo ainda não de todo merecidos por mim que tenho pouco trabalhado as mal traçadas. são, no entanto, palavras que vão emprestando vigor ao meu empenho no ofício de escriba, tenha certeza.
    Agradecido.

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