22 novembro, 2014

ASSALTO CASUAL

Se jamais a mesma onda quebra do mar na areia.
Nem mais que uma vez se vai conseguir numa onda surfar.
Se não se banha a pessoa duas vezes no mesmo rio.
Se a própria pessoa é outra no momento seguinte.
Se outro será o momento à frente e as circunstância distintas.
Se ninguém é igual em público e em privado.
Se nem no banho de hoje somos a pessoa ensaboada de ontem.
Se na rua não temos mais o mesmo perfume com que saímos de casa.
Se parecemos "mais magra" silhueta à pessoa uma e menos isso à outra,
Se roupas e cintas nos revelem verdades inteiras a esse peculiar respeito.
Se à primeira vista nos dizem "oh, que amor!" e no convívio, "oh, que horror!"
Se a verdade é um gato escuro, numa sala sem luz e o gato não está lá...
Assaltou-me uma dúvida cá: é mesmo o quê sexo casual?

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